Dicas para Inclusão

Dicas para Docentes que querem
tornar sua aula cada vez mais inclusiva


Se você quer promover a inclusão- de tod@s os estudantes - em suas aulas, incluindo aquel@s que encontram barreiras para aprender, então procure aplicar minhas sugestões:

(Dica 1) ´ Tire dez minutos para refletir sobre o seu jeito de ensinar´

Todos os dias, reflita um pouco sobre seu modo de ensinar: seu planejamento, o que fez na sala de aula, os resultados, se os alun@s gostaram (ou não), se você gostou da sua aula, o que surgiu de imprevisto e como você lido com ele, se o tempo usado para uma atividade foi maior ou menor do que o que esperava, etc. Anote pontos que considere relevantes e, no dia seguinte, converse com seus alun@s sobre sua reflexão. Ouça as opiniões de seus alun@s e aprenda como el@s preferem as aulas...

Cada professor@s tem um estilo próprio de ´dar aulas´. Depois de um tempo ensinando desenvolvemos certas práticas (metodologia de ensino), as quais tendemos a repetir sem que nos demos conta. O problema é que nos acomodamos à estas práticas e perdemos a noção de sua efetividade/não efetividade como método para ensinar. Ou seja, devemos ficar ligad@s sempre porque cada turma é uma turma com características próprias e demandas distintas...
Cada alun@ é diferente do outr@ e, alguns, precisam de mais atenção do que a média dos seus estudantes.

Bom trabalho e, se quiser me envie um email com suas aprendizagens usando esta dica. Eu poderei comentá-las e muit@s educacador@s podem ser beneficiados. (Dica 1_23/04/2016)


(Dica 2) ´ Descubra barreiras que impedem estudantes (qualquer um) de participar das atividades propostas na classe´

Coloque em sua pauta de reflexão diária ´descobrir´ - identificar, mapear, caracterizar - possíveis barreiras que impedem à participação integral de cada um de seus estudantes nas atividades planejadas por você.

Você pode começar ouvindo seus estudantes: o que acha mais difícil na aula...
A seguir comece um minucioso processo de observação de cada um de seus estudantes. Como? 

Tire uma semana para fazer isso. Organize a turma em grupos que serão observados a cada dia. Você observa e faz registros sobre este grupo de estudantes. Por exemplo, vamos dizer que sua turma tenha 30 alunos, dividido por 5, você vai observar 6 estudantes a cada dia da semana.

Em sua observação levante dados sobre: letra do estudante, o jeito que pega o lápis ou a caneta, caderno, leitura, preferência no uso de lápis ou caneta, organização do caderno, do material em uso, comportamento (tímido, atento, alegre, triste, etc.), habilidades, dificuldades, nível de compreensão ou dispersão, amistoso, líder, etc. Enfim, aprenda sobre as características individuais de cada estudante. Depois, em outras dicas vou tratar sobre como pode usar estas informações em seu planejamento inclusivo. Quais são as barreiras que identificou na turma? 

Como pode desenvolver meios para superá-las e ajudar todos a participar mais de sua aula.

Lembre: quanto maior a participação na aula, maior a aprendizagem e melhor os resultados de sua turma. (25/04/2016)

(Dica 3) ´Planejar, planejar e planejar... e, em caso de dúvida, planejar!´

Você já tirou um tempo para refletir sobre seu jeito de ensinar (Dica 1) e também já identificou barreiras à participação e aprendizagem (Dica 2), agora é hora de ir adiante e arrojar...

Planejamento é uma palavra gasta na educação, principalmente quando se trata de formação docente. A gente cansou de aprender a fazer uns quadros obsoletos de planejamento ´contendo objetivo geral, objetivo especifico, conteúdo, estratégia de ensino e avaliação´. ARGHHH!!! Isso não funciona em tempos de inclusão e de tecnologia. Mais ainda: é um absurdo querer que alguém aprenda a fazer esse tipo de ´planejamento´! O ideal é planejar com @ colega.

ü  Planeje definindo o que quer que seus estudantes aprenda em cada aula considerando suas diferenças e especificidades.

ü  Planeje atividades que possam realizar em dupla, tripla ou grupo, de forma que eles devem conversar para encontrar a solução à atividade proposta (realizar atividades sozinho é muiiiiito chato!)

ü  Planeje a aula para que ela seja gostosa: divertida e dinâmica. Crianças e jovens são motivados a aprender com coisas interessantes

ü  Planeje pensando na realidade de seus estudantes. Portanto, não vá falar de coisas que são alienígenas para el@s. Tudo têm que fazer sentido na vida deles

ü  Planeje estimulando a troca, o sucesso, o empoderamento... Não aja com ninguém como se o alun@ fosse incapaz porque todos mundo pode aprender.

ü  Planeje, sempre que possível, envolvendo o uso de tecnologia móvel: celulares, notebooks, o que tiver disponível. Eles adoram...

Depois que elaborar seu planejamento, compartilhe com alguns/algumas colegas para que elas possam te ajudar a melhorar suas atividades...

Lembre de se perguntar: eu curtiria realizar esta atividade?

Bom Planejamento! (Dica 3: 05/05/2016)


(Dica 4) - Necessidades Educativas - Guias de Apoio (em Espanhol)

Você já sabe como refletir sobre sua prática pedagógica (Dica 1), entende a importância de identificar barreiras para superá-las (Dica 2), já sabe que tem que planejar junto com seus/suas estudantes´(Dica 3). Hoje vamos falar de necessidades educacionais... (e não de necessidades especiais!)

A Dica 4 desta semana é uma coleção de 07 Guias de Apoio para você promover a inclusão de estudantes com necessidades educacionais. Clique nos links abaixo para acessar cada guia... Sim, e lembre-se sempre de compartilhar com outrxs







______________


(Dica 5) ´Compartilhe o poder... não tenha medo do barulho na sala de aula´

Para promover a inclusão escolar você tem que conhecer cada um de seus estudantes: ouça o que tem a dizer, planeje de acordo com suas características. Procure sempre organizar atividades dinâmicas e interessantes. Para isso você deve continuamente refletir sobre sua prática pedagógica.

A Dica 5 tem a ver com o poder d@ profess@r, ou seja, o fato d@ docente estar em posição de decidir sobre tudo: organização da sala de aula, planejamento, conteúdos, jeito de ensinar, etc. Mas, isso não é mais considerado a melhor forma de conceber a docência...    

Nós aprendemos na escola tradicional que uma sala de aula boa é uma sala de aula silenciosa, que alun@s bons são alun@s que se viram sozinh@s. Professor@s tendem a gostar (preferir?) alun@s que aceitam tudo e fazem tudo sem questionar... ou falar muito. Mas essa é uma visão medieval de escola e de sala de aula porque hoje, no século XXI, cada vez mais as crianças e os jovens falam e se posicionam sobre o que querem (ou não). Há aqueles que desafiam e se manifestam de forma direta sobre o que pensam ou sabem deixando muitas vezes os professor@s sem chão, principalmente quando se trata de tecnologia.

Assim, aceitar a voz dos estudantes significa desenvolver uma atitude de valorização do outr@ e de compartilhamento do poder com el@s. Escute seu alun@, pergunte sua opinião, aceite sugestões e críticas e, acima de tudo, não tenha medo do barulho se el@s estiverem trabalhando juntos e conversando sobre a atividades. O barulho é sempre positivo, significa interação e colaboração entre os pares.


(Dica 6) - Assumir a amizade como um objetivo educacional

Cultive a amizade na sala de aula entre seus estudantes...

Parece clichê, certo? Mas em tempos de amigos virtuais no facebook, por exemplo, com centenas de ´amigxs´ que você nunca encontrou ou conhece, as crianças e jovens de hoje estão aprendendo uma nova concepção de ´amizade´ que não envolve afeto, solidariedade, compartilhamento de sentimentos, apoio mútuo, etc. Todas essas trocas que são fundamentais em uma relação de amizade, na qual reciprocamente nos sentimos, amados, seguros, protegidos, queridos... Com certeza você tem alguns/algumas amigxs e sabe do que estou falando.  

Por isso, a dica desta semana parece simples, mas é complexa porque envolve intencionalmente aproximar os estudantes da sua turma na direção de descobrir novos amigxs na classe e na escola. Amigxs em que possam confiar. Amigos que, às vezes, são para a vida toda!

Para promover amizade, crie nas suas aulas espaços de tempo de troca de experiências pessoais em duplas, ou triplas ou quadruplas... Assegure que todxs conversem entre si e se conhecem pelos nomes. Ser reconhecido pelo meu nome é muiiiiito importante porque nos dá a sensação interna de fazer parte do grupo.

Além desses momentos, peça para seus estudantes escreverem cartas ou fazerem desenhos uns aos outros-aos seus amigos. Estimule-os a pedir ajuda para seus amigos e colegas.

Conte algumas histórias suas de amigos e amigas em sua vida e como elxs lhes ajudaram e foram importante em momentos difíceis. Seja um modelo para elxs.

Organize atividades que envolvem resoluções de problemas de forma interdependente, isto é, cada um contribui com uma parte da construção da resolução da atividade. Por exemplo, se for a criação ou reescrita de uma história em grupo de cinco estudantes, um pode desenhar e pintar a capa, outro pode (re)contar a história com a ajuda de todxs, outro pode ir escrevendo enquanto a história é (re)contada, outro pode ir procurando ilustrações em uma revista para colocar ao longo do texto, etc. No final, todxs fizeram a história juntxs.

Bem, espero que você tenha gostado da dica e a implemente em sua turma já amanhã. Seria muito legal se você retornar aqui no BLOG para contar sua experiência para outras pessoas que vão também se beneficiar com ela.


(Dica 7) – Você já ouviu falar do Método TADOMA para surdocego?

Esta dica deve ser lida em conjunto com todas as outras informações, conhecimentos e mídias postadas no BLOG. Todas as postagens atuais tratam do mesmo tema: surdocegueira. Você pode começar lendo o texto sobre A bengala para surdocego comprada para Alex Garciahttp://vozesempoderamentoeinclusaodapcd.blogspot.nl/p/blog-page_29.html e depois ler 
o texto da pagina inicial... Não se esqueça de acessar os vídeos.

O TADOMA é um método de comunicação em que a pessoa surdocega coloca o polegar na boca do falante e os dedos ao longo do queixo. O meio de três dedos, muitas vezes caem ao longo bochechas do falante com o dedo mindinho pegar as vibrações da garganta do falante. É às vezes referido como “leitura labial tátil, como a pessoa surdo-cega se sente o movimento dos lábios, bem como as vibrações das cordas vocais, soprando das bochechas e do ar quente produzido por sons nasais, como ‘N’ e ‘M’.

Em alguns casos, principalmente se o falante sabe linguagem gestual, o surdocegx pode usar o método TADOMA com uma mão, sentindo-se face do falante e, ao mesmo tempo, usar a outra mão para sentir o falante assinar as mesmas palavras. Desta forma, os dois métodos se reforçam mutuamente, dando à pessoa surdocega melhor chance de entender o que está sendo comunicado.

O método foi inventado por TADOMA, professora americana Sophie Alarcon e desenvolvido na Escola Perkins para Cegos (EUA) É um método difícil de aprender e usar e é raramente utilizado hoje em dia. No entanto, um número reduzido de pessoas surdoscegas o usam com sucesso na comunicação cotidiana.

Agora, assista ao vídeo TADOMA...





(Dica 8) – TEMPOS DE PARALÍMPIADAS

Vamos compartilhar as incríveis histórias dos atletas com deficiência com seus estudantes?

Car@s professor@s,

Já conversamos sobre a importância de dinamizar a aula para torna-la interessante e agradável para os estudantes do século XXI, que vivem conectados na web. Também já abordamos a importância da colaboração entre os estudantes ou apoio mútuo para que tod@s – sem exceção – tenham oportunidades valiosas de participação.

A Dica 8 tem a ver com as Paralímpiadas, evento internacional de suma importância para nos ajudar a quebrar paradigmas, crenças e valores que nos fazem acreditar e agir que as pessoas com deficiência ´não podem´ isso ou aquilo!
Então comece lendo as várias paginas do BLOG desta semana e assista ao maravilhoso vídeo ´YES! I can! (Sim, eu posso!).

- Divida sua turma em 8 ou 10 grupos, organize 8 ou 10 perguntas desafiadoras ou atividades diferentes para cada grupo envolvendo, por exemplo, entrevista com atletas com deficiência de sua cidade.

- Passe o filme para a turma.

- Então distribua por sorteio ou deixe que cada grupo escolha um desafio... por exemplo, retirando-o como se retira uma carta do baralho aberto nas mãos.

- Depois disso, apoie cada grupo e quando eles terminarem compartilhe e celebre as aprendizagens, as aquisições.

Boa sorte.




Nenhum comentário:

Postar um comentário