sexta-feira, 30 de junho de 2017

Campanha contra a pequenez humana...

Este vídeo, que está postado no youtube, foi feito ontem já tarde da noite.  

Depois de uma noite muito enriquecedora com algumas mães de pessoas com deficiência na ONG Ed-Tod@s, fui motivada por uma postagem de uma amiga querida: Lauricéia Tomas da Silva, pernambucana ´arretada´como diriam @s paraíbanos...  

Lauricéia é mestre em Educação pela Universidade Federal da Paraíba, Linha de Pesquisa Estudos Culturais à qual fui vinculada no passado. Ela é séria, competente e cheia de vida e idéias. Há alguns anos atrás me lembro que Lauricéia falou comigo por telefone sobre aceitar (ou não) um convite para coordenar a Educação Especial da Secretaria de Educação do Município de Recife, ao que eu disse: - sem duvida, se vc sente que pode contribuir para melhorar a educação das pessoas com deficiência, aceite e não se envolva com as politicagens... Ela aceitou, trabalhou sério, foi bem sucedida e agora recebeu uma homenagem de reconhecimento pelo seu trabalho expedido pelo escritório de uma deputada local.  Mas Lauricéia estava em dúvida se compartilhava ou não nas redes sociais porque... óbvio, - como as pessoas veriam/reagiriam a esta homenagem? Mas no final, ela postou e muit@s estamos felizes por ela! Parabéns Lauricéia!

A dúvida de Lauricéia me remeteu a um passado distante, quando retornei do Doutorado na Inglaterra em 2000 e descobri  que algumas pessoas sentiam prazer em desvalorizar minha experiência internacional e me desrespeitar - algumas vezes - publicamente. Uma vez, em uma palestra na UNICAMP, uma professora que estava presente foi tão desagradávelmente imprópria e mal educada que - literalmente - eu coloquei o microfone no colo dela (porque, claro, ela não quis pegar!) e me sentei dizendo que eu ´era apenas uma convidada para falar de educação inclusiva e que ela certamente teria melhores contribuições a fazer´. Em muitas outras oportunidades fui desafiada de formas diferentes pela minha experiência de sucesso na academia e no exterior sobre a qual. parecia àquela época, que não poderia falar em público pois tinha ´cara de ser esnobe´ ou algo do tipo.  Hoje isso parece ter melhorado, mas não mudado...

No Departamento de Habilitações Pedagógicas do Centro de Educação da Universidade Federal da Paraíba, onde eu era lotada, em especial, a xenofobia era evidente e se manifestava como barreiras levantadas por colegas, que foram sistemáticas. Acredito que tenha sido a segunda ou terceira acadêmica que fez Doutorado fora do Brasil.  Fiz o Doutorado em Filosofia (PhD ou Philosophy Dr) na University of Manchester na Inglaterra,  a terceira universidade do país que tem quase um milênio de academia. Foi lá que me tornei pesquisadora e foi lá também que as portas para uma extensa atividade internacional se abriram... 

Em meu departamento na UFPB, uma certa feita, ao ser analisado um processo de afastamento para eu participar de três eventos no exterior, em Portugal, na Alemanha e na Inglaterra - com todas as documentações comprobatórias - um colega disse em reunião departamental: - A professora deveria pedir afastamento sem vencimento!!! Naquele momento, sem a força interna e a experiência que eu tenho hoje, fui tomada de choro pelo absurdo e pequenez daquelas mentes. Mas eu reagi(!) afirmando que, então, o departamento deveria informar aos organizadores dos eventos sobre a decisão de eu não ir porque eu não faria isso... Bem no final foi aprovado e eu fui para o exterior porque o objetivo das mentes pequenas e invejosas foi atingido: desvalorizar meu sucesso e me desorganizar...  Fui, fiz o que tinha que fazer e ´venci´, ou melhor, sobrevivi às mazelas da vida causada por quem tem o coração encolhido, o ego muito grande, a mente pequena e está desconectad@ da sua alma, que é quem tem a sabedoria necessária para nos fazer compreender os sentimentos espúrios que nos atacam de tempos em tempos no mundo material.  

O fato é que  conheci uma face obscura da cultura brasileira quando se trata do sucesso alheio. Tem muiiiiita gente que não aguenta a própria inveja e a manifesta de jeitos horríveis para provocar, diminuir o outr@. Gente que precisa desvalorizar o que é ´verdadeiro, bom e útil´ para se sentir bem. Por isso, aqui vai minha reflexão sobre o Triplo Filtro de Sócrates, que espero vire uma campanha contra a pequenez humana e a mediocridade dos invejos@s...

Namastê
Windyz Ferreira, PhD (Oh... yes!)