segunda-feira, 27 de novembro de 2017

CÂNCER: Tudo o que devíamos saber e ninguém conta...

Para quem me conhece, Sou Dta Windyz Brazão Ferreira, acadêmica há 37 anos, pesquisadora há 17 anos na área de deficiência: direitos à educação da Pessoa com Deficiência, Políticas Públicas e Metodologias de Ensino Inclusivas (Diferenciação Curricular, Currículo Funcional) e Fonoaudióloga que atua com Reorganização Neurofuncional (quando eu fiz o curso com a Sra. Fonoaudióloga Beatriz Padovan diziamos Reorganização Neurológica e, quase ninguém acreditava neste método maravilhoso de promoção do desenvolvimento integral da pessoa). Enfim, neste anos todos talvez uma das minhas marcas principais seja COMPARTILHAR! Ao invés de esconder e procurar valorizar meu conhecimento, experiência e expertise, meu lema tem sido ´PASSAR PARA A FRENTE O QUE APRENDI E APRENDO.

Nos últimos meses tenho aprendido coisas novas sobre câncer. Um irmão desenvolveu esta doença e somente depois de muitos meses tivemos condições de conhecer os (DES)caminhos da medicina e do SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE-SUS. Por isso estou postando sistematicamente vídeos com as informações que adquiro e documentos que podem nos ajudar nesta luta. Acompanhem e se surpreendam com as barreiras impensáveis que um/a cidadao/ã comum pode viver para tratar uma pessoa com câncer... Somente depois de mais de seis meses, hoje dia 27 Novembro de 2017 ,eu irmão vai fazer uma biopsia no Hospitasl ACCamargo para sabermos que tipo de câncer ele tem... Rezem por ele Wellingtom Brazão Ferreira!



domingo, 26 de novembro de 2017

Estudantes com Síndrome de Down aprendem como qualquer outro estudante...

Síndrome de Down não muda comportamentos ligados ao aprendizado

Estudo indica que alunos com Down são capazes de realizar as mesmas atividades que as outras crianças no ambiente escolar


Foto: arquivo da ONG Ed-Tod@s (ongedtodas.wixsite.com/indaiatuba) Campanha sobre os Direitos da Pessoa com Síndrome de Down. 2017.

Crianças com síndrome de Down têm comportamentos que envolvem cognição similares aos das outras crianças; o que muda é a frequência com que executam tais ações 

Pesquisa realizada na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP sugere que, apesar de precisar de mais apoio de colegas e professores, crianças com síndrome de Down podem realizar as mesmas atividades escolares que as demais. Os resultados evidenciam que elas são tão capazes quanto os outros alunos de realizar ações que envolvem os aspectos cognitivos, como pensamento, linguagem, percepção, memória e raciocínio.
De forma geral, as conclusões do estudo apontam que crianças com Down têm comportamentos similares às outras crianças. O que muda é a frequência desses comportamentos, ou seja, a quantidade de vezes que cada um dos grupos executa determinada ação. Nas crianças com Down essa frequência é menor. O ato de observar, por exemplo, que envolve atenção e está diretamente ligado à aprendizagem, é muito presente em todas as crianças, embora seja mais realizado por aquelas com desenvolvimento típico, isto é, que apresentam desenvolvimento dos aspectos biológicos, emocionais e sociais de acordo com o esperado para a idade.
Além desse, outros comportamentos que tiveram muitas semelhanças entre os dois grupos foram os de imitar, brincar de faz de conta (brincadeiras que envolvem a imaginação, o fantasiar ou simular outra realidade) e receber auxílio verbal de outras crianças. No entanto, esse aspecto merece atenção, segundo a terapeuta ocupacional responsável pela pesquisa, Patrícia Páfaro Gomes Anhão, uma vez que as atividades de faz de conta e imitação foram pouco realizadas pelos dois grupos de crianças. “Isso pode indicar a baixa realização deste tipo de brincadeira no ambiente de educação infantil, podendo sugerir que o brincar de faz de conta vem sendo pouco estimulado”, alerta Patrícia. Para ela, a ausência do brincar de faz de conta pode levar a problemas de aprendizagem, restrições na participação social e na interação com pares.

Necessidade de apoio
Na análise dos resultados da pesquisa também foi possível identificar que os alunos com Down precisam de maior apoio dos colegas e, principalmente, dos professores. Segundo a pesquisadora, isso acontece por conta da dificuldade psicomotora dessas crianças, que é a habilidade de controlar os movimentos corporais regidos pela mente. Outro motivo para essa dependência, de acordo com a pesquisadora, é a falta de adequação das escolas, que deveriam fornecer auxílios necessários e adaptações pertinentes a essa população, facilitando, assim, a realização de todas as tarefas solicitadas no ambiente escolar.

Patrícia Páfaro Gomes Anhão: programa mais eficiente de consultoria dos profissionais da saúde ajudaria escola a se tornar mais inclusiva.

A pesquisa foi feita com 14 crianças, sendo sete com síndrome de Down e sete com desenvolvimento típico, com idade entre 4 e 6 anos, que estão inseridas no ensino público da cidade de Ribeirão Preto. No ambiente escolar, cada criança foi filmada por 180 minutos desempenhando atividades em sala de aula, refeitório, parque e sala de brinquedos. As imagens foram analisadas para identificar a frequência dos comportamentos realizados em cada um dos ambientes.

Escola inclusiva
Para a pesquisadora, é necessário encontrar estratégias para melhor recepcionar os estudantes com síndrome de Down, e a interação com outras áreas do conhecimento é um bom começo. “Percebo que os atendimentos clínicos voltados a essas crianças quase nunca trabalham junto com a prestação de atendimentos educacionais. Desta maneira, o cuidado à criança com Down fica desarticulado. Talvez um programa mais eficiente de consultoria dos profissionais da saúde, não só terapeutas ocupacionais, como também fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais e até mesmo professores da educação especial, seja importante para que a escola se torne cada vez mais inclusiva.”

Patrícia afirma, ainda, que os resultados deste estudo, embora feito com alunos com síndrome de Down, podem se aplicar a todas as crianças que estejam apresentando problemas de aprendizagem. “Muitas vezes essas crianças não são ouvidas apenas por não serem diagnosticadas com alguma deficiência. Mas elas sofrem as mesmas angústias de não terem atendidas suas necessidades dentro do ambiente escolar”, completa.
A tese Análise do desempenho de crianças com síndrome de Down no ambiente escolar foi defendida na EERP em junho deste ano e orientada pela professora Luzia Iara Pfeifer.

Mais informações: e-mail pganhao@terra.com.br


Referência
– Foto: Cantinho da Prof. Ivani Gularte/Reprodução
http://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-da-saude/sindrome-de-down-nao-muda-comportamentos-ligados-ao-aprendizado/ 

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

O ´ESPECIAL´ ASSOCIADO ÀS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

A PALAVRA ´ESPECIAL´ há muito não deveria ser mais usada nas várias esferas da vida quando se trata de pessoas com deficiência. Mas o ´hábito´ e o pre-conceito sobre as pessoas com deficiência está tão cristalizado no cérebro da maioria das pessoas que se mantém a tendência de dizer:
- tenho um aluno/a ´especial´
- na minha escola temos crianças ´especiais´
- tenho um filho/a que é ´especial´
- tem um ´especial´ na minha turma...

Venho insistindo neste tema também há algum tempo, mas não posso garantir que minhas contribuições geraram mudanças significativas. Dessa forma, aqui vai mais uma vez uma solicitação de NÃO USEM MAIS A PALAVRA ´ESPECIAL´ para se referirem à pessoas com deficiência!!! Eles são pessoas, SUJEITOS DE DIREITOS - que tem nome e atributos como qualquer outra pessoa.

Este filme, espero, provocará um impacto tão grande em você que o/a fará pensar duas 
vezes antes de usar a palavra ´ESPECIAL´novamente. Curta e compartilhe!
Copie e coloque em sua barra para assistir ao filme...

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Currículo Funcional, Qualidade de Vida e Transição para a Vida Ativa da Pessoa com Deficiência

O tema Currículo Funcional, como uma abordagem pedagógica de transição para a vida adulta (TVA) é chave no desenvolvimento humano da Pessoa com Deficiência, em particular aquelas que são jovens, jovens adultos e adultos, os/as quais ainda permanecem infantilizados por não encontrarem oportunidades de desenvolvimento humano.
No Brasil há iniciativas de trabalhos que adotam o Currículo Funcional, todavia a ênfase do que é desenvolvido em algumas instituições, profissionais ou mesmo em nível municipal e estadual é colocada no ´funcional´e não na Transição para a Vida Ativa.
Isto ignifica que a pessoa com deficiência aprende algumas ´funções´ ou desenvolve sua ´funcionalidade´para cozinhar (muito comum), produzir algo no âmbito de papelaria (cadernos, blocos) ou construir bijuterias, pinturas, mobiles, etc. mas sua produção se mantém circunscritas à instituições ou escolas e não implica a transição para a vida adulta produtiva e remunerada.
Por exemplo, há milhares de oficinas de pintura, artesanato, bijuterias, gastronomia (pães, bolachas, trufas), madeira, papelaria, manicure, entre outras espalhadas em instituições em território nacional, MAS a atividade ´curricular funcional´em si mesmo desenvolvida não tem como objetivo principal preparar para a Vida Ativa, inserir no mercado de trabalho local (no bairro onde moram) e, mais importante ainda, gerar autonomia e independência financeira.
Ao contrário, as produções que são vendidas dentro das próprias instituições, para visitantes ou em feiras e ações externas geram recursos usados na compra de materiais ou para realização de alguma atividade porque as prefeituras e os estados não suprem as demandas financeiras...
Se comparado a experiências institucionais internacionais - por exemplo, na Holanda, Alemanha, Dinamarca, Inglaterra*, países nos quais visitei instituições segregadas onde vivem pessoas com deficiências. Estas instituições possuem recursos - para nós brasileiros/as - inimagináveis: profissionais altamente qualificado em áreas específicas (com mestrado e doutorado), recursos de todo o tipo e muiiiiiito dinheiro(!).
Por exemplo, na Inglaterra visitei uma instituição-escola para crianças com deficiência física em 1995/1996. Quando cheguei havia um carro (tipo doblo) da escola trazendo estudantes que já era todo adaptado e (pasmem!) o motorista era uniformizado e treinado para ajudar estas crianças. Na entrada da escola, com corredores bem amplos havia em torno de 40 cadeiras de rodas! Durante a visita estava passando em frente a um toilette quando presenciei uma fisioterapeuta chegar naquela área trazendo uma menina obesa em um ´veiculo movido a controle remoto´ que entrou na área do banheiro. A fisio, então, ativou o dispositivo levantando a menina com as correias que a sustentavam e a colocando no vaso sanitário. Quem estava comigo explicou que o veiculo assegurava que a profissional não tivesse problemas de coluna!!!
Na Holanda, visitei uma instituição onde moram muitos jovens, adultos e idosos com deficiência e também atende crianças pequenas. Esta instituição está localizada em uma área que ocupa o espaço de um bairro pequeno e que, no passado, foi destinada ao isolamento de pessoas com doença mental. Neste ´bairro´há casas nas quais moram pessoas com deficiência. Seus quartos são individuais e absolutamente pessoais e cheios de recursos (como quartos de jovens adolescentes em filmes americanos): TV, aparelhos de som, toca CDs (na época em uso), bichos de pelúcia, jogos, equipamentos de som, etc. A pessoa que me levou nesta visita havia adotado desde pequeno dois rapazes irmãos orfãos que viviam neste espaço desde muito cedo... (note que a adoção não implicava ir viver com a família...)
Na Dinamarca visitei Soelund em 2012, uma instituição para pessoas jovens e adultas com diferentes tipos de deficiência. Havia simplesmente 750 funcionários, incluindo profissionais terapeutas, acompanhantes, etc. para 250 pessoas institucionalizadas. Ou seja: 3 funcionários para 1! Ali havia casas enormes com jardins para cada 08 pessoas com cozinhas maravilhosas que nunca eram usadas porque a comida vinha pronta(!), piscina aquecida (claro! a Dinamarca é um gelo) e, uma sala de estimulação sensorial imensa chamada snoozelen.
Na Alemanha, foi chocante saber que havia em torno de 5.000 estudantes da Educação Especial que também aprendiam a ensinar uma disciplina (matemática, línguas, geografia, etc) porque o sistema é todo segregado. Por exemplo na maravilhosa cidade de Cologne (a quarta maior cidade da Alemanha), com em torno de 1 milhão de habitantes (Campinas no estado de SP tem em torno de 1 milhão) havia na época 20 escolas especiais bem grandes e muitos atendimentos domiciliares, hospitalares, particular, etc.
Enfim, enquanto na Europa os países tem recursos financeiros, humanos e materiais, as pessoas com deficiência estão segregadas e impedidas de se desenvolverem. Aqui no Brasil, por outro lado, temos uma das mais avançadas politica de inclusão social e educacional e falta de recursos financeiros, materiais e humanos que nos impedem de colocar o marco político-legal em pratica de forma efetiva, o que justifica ainda (e infelizmente) a manutenção de práticas de infantilização de jovens e adultos com deficiência independentemente de suas características de aprendizagem.
Em 2008-09 iniciamos na Universidade Federal da Paraíba o Projeto de Extensão Universitária PRÓ-LÍDER - promovendo a autoadvocaia de jovens com deficiência associado a uma pesquisa de mestrado (acesse: Nada sobre Nós sem Nós: promovendo a autoadvocacia de jovens com deficiência ) que evidencia que com oportunidades todos/as tem chance de se desenvolver e se tornar mais independente e autônomo. Um dos jovens surdo e com comprometimento motor se tornou delegado do movimento em defesa dos direitos dos jovens. Duas jovens - uma surda e outra cega entraram na universidade, um jovem com deficiência intelectual passou a trabalhar no Carrefour e aprendeu a se posicionar frente a discriminação e preconceito...
Com tudo isso quero dizer que não há soluções fáceis, mas que tanto quanto qualquer um de nós e de nossos filhos/as sem deficiência a pessoa com qualquer tipo de deficiência tem direito a se tornar autônoma e independente assim como a receber pelo seu trabalho e ser encorajada a produzir para ser inserida no mercado de trabalho-mesmo que este tenha caráter informal.
No dia 12 de Setembro de 2017 houve em Brasilia, promovido pela Câmara dos Deputados e coordenado pela equipe do Deputado Eduardo Barbosa o I SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE EDUCAÇÃO AO LONGO DA VIDA, no qual abordei o tema dos Currículos Funcionais. Você pode assistir à minha palestra e à todo evento se quiser clicando em:









___________________________________________
* A Ingla terra é um país onde há uma forte tendência inclusiva que foi iniciado com a publicação do Relatório Warnock na década de 70, que lançou o conceito de necessidades educacionais e influenciou o movimento da inclusão no mundo. É dito que o país tem em torno de 1% de escolas especiais...
. CURTA E COMPARTILHE!

domingo, 17 de setembro de 2017

O *SETEMBRO AZUL* lançado pela Comunidade Surda!


O nome Setembro Azul


A Fita AZUL
A escolha da Fita Azul se deve pelo de no início da Segunda Guerra Mundial, Hitler, e muitos alemães não queriam ser lembrados dos indivíduos incompatíveis com seu conceito de “raça superior”, indivíduos que tinham algum tipo de deficiência física, retardamento ou doença mental eram executados pelo programa que os nazistas chamavam de “T-4” ou “Eutanásia”. Os nazistas obrigavam as Pessoas Com Deficiência (PcD) a usarem uma faixa de cor azul fixada no braço, sendo identificados e mortos pelos Nazistas, porque eles acreditam que os as pessoas com deficiência eram incapazes e dentre estes, os surdos eram classificados, não reconheciam o potencial dos Surdos, sendo assim a cor escolhida pela comunidade surda para representação foi a cor Azul Turquesa por ser uma cor "viva" e melhor representar o SER SURDO.

O programa “T-4” ou “Eutanásia” não poderia ter funcionado sem a cooperação dos médicos alemães, pois eram eles que analisavam os arquivos médicos dos pacientes nas instituições em que trabalhavam, para determinar quais deficientes deveriam ser mortos e, ainda por cima, supervisionavam as execuções daqueles que deveriam por eles serem cuidados.

Os pacientes “condenados” eram transferidos para seis instituições na Alemanha e na Áustria, onde eram mortos em câmaras de gás especialmente construídas para aquele fim. Bebês deficientes e crianças pequenas também eram assassinados com injeções de doses letais de drogas, ou por abandonamento, quando morriam de fome ou por falta de cuidados. Os corpos das vítimas eram queimados em grandes fornos chamados de crematórios.

Nesse período algo em torno de 200.000 deficientes foram assassinados pelos nazistas entre 1940 e 1945. O programa T-4 tornou-se o modelo para o extermínio em massa de judeus, ciganos, testemunhas de Jeová e outras vítimas, nos campos equipados com câmaras de gás criados pelos nazistas em 1941 e 1942.

A comunidade surda ainda escolheu a cor Azul Turquesa, por ser uma cor "viva" para representa o SER SURDO, por não termos vergonha de sermos surdos, pois nós temos a nossa própria Língua de Sinais que faz parte da Cultura Linguística e também lutamos por sermos respeitados pela Sociedade Brasileira. Passamos por várias lutas e conquistamos muitos de nossos objetivos.

A escolha do mês de SETEMBRO

O mês de Setembro é mundialmente comemorativo, pois é repleto de datas significativas que refletem a história de lutas e conquistas da Comunidade Surda. Algumas datas se destacam nesse mês:

Dias 6 e 11 de Setembro: marco triste para esta comunidade. Lembrança do Congresso de Milão (1880) no qual foi proibido o uso das Línguas de Sinais na Educação dos Surdos.

Dia 26 de Setembro: Dia Nacional do Surdo (Lei Nº 11.796 de 29 de Outubro de 2008). Nesta data, em 1857, foi fundada a primeira escola de surdos no Brasil pelo prof. Francês surdo Eduard Huet, o atual INES – Instituto Nacional de Educação dos Surdos, que fica no Rio de Janeiro. (Visite:

Dia 30 de Setembro: Dia Internacional do Surdo.

Dia 30 de Setembro: Dia do Profissional Tradutor.

Assista aos Vídeos abaixo, aprenda e divulgue em suas redes sociais. Siga também este BLOG!!!




LIBRAS, Legendado e com Voz...

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

I SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO AO LONGO DA VIDA & DEFICIÊNCIA


Abertas as inscrições para o Seminário Internacional Educação ao Longo da Vida.


Já estão abertas as inscrições para o Seminário Internacional Educação ao Longo da Vida. O evento será no próximo dia 12 de setembro e vai tratar da promoção do conhecimento sobre experiências e modelos internacionais que mundo afora vêm sendo consolidados. O assunto será debatido em duas mesas temáticas: às 15h, tema será "Educação ao Longo da Vida, Valores e Desafios" e às 16h a discussão será sobre "A Educação de Jovens e Adultos com deficiência: Perspectivas de uma vida produtiva". Também haverá uma palestra sobre "Educação ao Longo da Vida e a Agenda 2030: Perspectivas e Desafios". 

A realização do seminário é uma iniciativa conjunta da Comissão de Educação e da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, por iniciativa do deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG).

INSCRIÇÃO GRATUITA - CLIQUE AQUI 

As inscrições para o seminário já podem ser feitas. Basta clicar aqui para acessar e preencher o formulário. 
PROGRAMAÇÃO
13h - Mesa de AberturaParticipantes:
Deputado Rodrigo Maia - Presidência da Câmara dos Deputados
Ministro Mendonça Filho - Ministro da Educação
Deputado Caio Narcio - Presidente da Comissão de Educação
Deputado Cabo Sabino - Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência
Cristovam Buarque - Senador
Marlova Jovchelovitch Noleto - Representante da Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura no Brasil
João Gomes Cravinho - Embaixador da União Europeia no Brasil

14h - Palestra: Educação ao Longo da Vida e a Agenda 2030: Perspectivas e Desafios.Coordenador: Deputado Eduardo Barbosa 
Mediador: Eduardo Deschamps - Presidente do Conselho Nacional de Educação - CNE
Palestrante: Profª Dra. Edith Hammer (UIL - Hamburgo)

15h - Mesa 1: Educação ao Longo da Vida, Valores e Desafios.Coordenador: Deputado Alex Canziani
Mediadora: Rebeca Otero (Coordenadora de Educação - UNESCO - Brasil)

Tema 1: Educação Especial na Educação de Jovens e Adultos
Palestrante: Profª. Dra. Filomena Pereira (União Europeia - Portugal)

Tema 2: Reconhecimento de saberes.
Palestrante: Profº Dr. Genuíno Bordignon (UnB - Brasil)

Tema 3: A Política de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos
Palestrante: Ms. Ivana de Siqueira - Secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão - SECADI/MEC

16h00 - DEBATE
16h30 - Mesa 2 - A Educação de Jovens e Adultos com deficiência: Perspectivas de uma vida produtiva.Coordenador: Deputado Eduardo Barbosa
Mediadora: Patrícia Neves Raposo - Diretora de Políticas de Educação Especial - DPEE/SECADI/MEC

Tema 1: A educação Especial e a Educação de Jovens e Adultos na perspectiva da Educação ao Longo da Vida.
Palestrante: Profª Drª Rosita Edler Carvalho

Tema 2: Transição para a Vida Adulta: Estratégia para estruturar a educação ao Longo da Vida das pessoas com deficiência.
Palestrante: Profa. Ms. Marcia Maurilio Souza

Tema 3: Currículos funcionais: Transição para Vida Ativa e Qualidade de vida para a Pessoa com Deficiência. Palestrante: Profª Dra. Windyz Brazão Ferreira

Tema 4: Relato da vida educacional e perspectivas acadêmicas e profissionais.
Palestrante: Paulo Santos Ramos

17h50 - DEBATE
18h20 - Cerimônia de Encerramento.
Realizado em parceria com o Ministério da Educação, Frente Parlamentar Mista da Educação e Delegação da União Europeia no Brasil.

sexta-feira, 21 de julho de 2017

I Curso Internacional Currículos Funcionais para a Inclusão Socioeducacional e a Transição para a Vida Ativa de Pessoas com Deficiências mais Complexas

ONG Ed-Tod@s convida você - Professoras do AEE e da Sala de Aula Regular, Mães e Profissionais que atuam junto às Pessoas com Deficiências - para participar de seu I Curso Internacional Currículos Funcionais, que será realizado em Indaiatuba/SP de de 21 a 25 de Agosto 2017. 

Convite da Presidente da Ong Ed-Tod@s


O curso, em formato de oficina, terá como Facilitadora a Profa. Ana Maria Bénards da CostaEx-Diretora do Instituto de Inovação Educacional do Ministério da Educação de Portugal e Consultora da UNESCO-Paris para Assuntos de Educação Inclusiva, estará em Indaiatuba.

Formada em Letras pela Universidade de Lisboa, Ana Maria já na década de 60 se comprometeu com a causa da pessoa cega e com seu direito de estudar na escola regular. Esta causa nasceu no Brasil, quando Ana Maria esteve em SP no I Congresso Naacional de Professor@s de Pessoas Cegas e Baixa Visão onde conheceu experiências de integração escolar àquela época.

O currículo funcional é um programa curricular delineado para cada pessoa com deficiência com base nos ambientes da sua vida real. O CF visa promover a inclusão social e educacional por meio de criar oportunidades de transição para a vida ativa e aumentar cada vez mais a autonomia da criança, jovem ou adulto com deficiência, sempre considerando a etapa de vida na qual se encontra e não mais julgando-o incapaz ou ´com uma mente de criança´, concepção que gera falta de oportunidades para aprender e dependência.  

O currículo funcional é uma abordagem pedagógico-curricular que se compromete com identificar demandas individuais em termos de estilos e ritmos de aprendizagem, ou seja, adota como pressupostos-chave a capacidade que todas as pessoas têm de aprender sempre, ao longo da vida e, sobretudo, a possibilidade de se tornar cada vez mais autônomas, se os ambientes forem modificados.

Nesse sentido, a abordagem do currículo funcional se alinha-se ao conceito de adaptação razoável´ definido na Convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência das Nações Unidas como ´modificações e ajustes necessários e adequados ... quando requeridos em cada caso, a fim de assegurar que as pessoas com deficiência possam gozar ou exercer, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, todos os direitos humanos e liberdades fundamentais´, neste caso, o direito de acesso à educação e a um currículo que seja funcional.

Aqui é importante lembrar que este tratado das Nações Unidas, a partir do qual a Lei Brasileira da Inclusão foi aprovada em 2015,

´pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras [existentes nos vários ambientes] podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas´ (Art.2)

O currículo funcional alinha-se a este pressuposto inclusivo porque baseia-se na análise dos ambientes de vida [naturais da pessoa com deficiência] e nas competências necessárias ao funcionamento, o mais autônomo possível, nesses ambientes.´(IIE, 2000, p. 09)

A inclusão social e escolar implica, necessariamente, a modificação do meio ambiente com vistas a remover barreiras de qualquer natureza. Na escola, então, para além do que ensinar ao estudante com deficiência, o currículo funcional pergunta como ensinar? Quais melhores estratégias para ensinar (promover a aprendizagem) estes estudantes. E este, não é trabalho para um profissional isolado, mas para o conjunto das pessoas que estão de um jeito ou de outro próximo a este estudante: do motorista da van à direção da escola e professora.

Para responder a estas perguntas é necessário ter uma ideia clara dos estilos e ritmos de aprendizagem deste estudante (o mesmo vale para tod@s @s outr@s porque este é um princípio inclusivo!). Com base em um intenso processo de avaliação dos múltiplos espaços e tempos de vida dos estudantes com deficiência, a professora (ou outro profissional) em parceria com os demais planeja a diferenciação curricular nos ambientes de vida natural: família, escola, comunidade, lazer, mundo do trabalho ou outro em função da idade e oportunidades de desenvolvimento humano.

A Profa. Ana Maria Bénards da Costa conheceu o Prof. Lou Brown, criador do currículo funcional, na Unversity of Madison, Estado de Winsconsin (EUA) criador do CF e sistematizou este conhecimento, testado no sistema educacional Português e organizado no Material de Formação Docente Currículo Funcional que será disponibilizado para os/as participantes no início do curso.

O Curso Internacional Currículos Funcionais terá formato de oficina, com reflexões em parcerias e análises de situações reais trazidas pelos/as participantes. Com duração de 16 horas, o curso será realizado de 21 a 24 de Agosto de 18 às 22h.

Na sexta feira - dia 25/08 às 20h - a Ong Ed-Tod@s realizará um Coquetel de Confraternização e Encerramento do Curso Internacional com Entrega de Certificados aos participantes que atingiram 85% de frequência.

Informações sobre Curso Internacional:

Site da Ong Ed-Tod@s 
Email: curriculofuncional@gmail.com 


Vagas Limitadas !!!


Certificado para 85% de frequência

sexta-feira, 30 de junho de 2017

Campanha contra a pequenez humana...

Este vídeo, que está postado no youtube, foi feito ontem já tarde da noite.  

Depois de uma noite muito enriquecedora com algumas mães de pessoas com deficiência na ONG Ed-Tod@s, fui motivada por uma postagem de uma amiga querida: Lauricéia Tomas da Silva, pernambucana ´arretada´como diriam @s paraíbanos...  

Lauricéia é mestre em Educação pela Universidade Federal da Paraíba, Linha de Pesquisa Estudos Culturais à qual fui vinculada no passado. Ela é séria, competente e cheia de vida e idéias. Há alguns anos atrás me lembro que Lauricéia falou comigo por telefone sobre aceitar (ou não) um convite para coordenar a Educação Especial da Secretaria de Educação do Município de Recife, ao que eu disse: - sem duvida, se vc sente que pode contribuir para melhorar a educação das pessoas com deficiência, aceite e não se envolva com as politicagens... Ela aceitou, trabalhou sério, foi bem sucedida e agora recebeu uma homenagem de reconhecimento pelo seu trabalho expedido pelo escritório de uma deputada local.  Mas Lauricéia estava em dúvida se compartilhava ou não nas redes sociais porque... óbvio, - como as pessoas veriam/reagiriam a esta homenagem? Mas no final, ela postou e muit@s estamos felizes por ela! Parabéns Lauricéia!

A dúvida de Lauricéia me remeteu a um passado distante, quando retornei do Doutorado na Inglaterra em 2000 e descobri  que algumas pessoas sentiam prazer em desvalorizar minha experiência internacional e me desrespeitar - algumas vezes - publicamente. Uma vez, em uma palestra na UNICAMP, uma professora que estava presente foi tão desagradávelmente imprópria e mal educada que - literalmente - eu coloquei o microfone no colo dela (porque, claro, ela não quis pegar!) e me sentei dizendo que eu ´era apenas uma convidada para falar de educação inclusiva e que ela certamente teria melhores contribuições a fazer´. Em muitas outras oportunidades fui desafiada de formas diferentes pela minha experiência de sucesso na academia e no exterior sobre a qual. parecia àquela época, que não poderia falar em público pois tinha ´cara de ser esnobe´ ou algo do tipo.  Hoje isso parece ter melhorado, mas não mudado...

No Departamento de Habilitações Pedagógicas do Centro de Educação da Universidade Federal da Paraíba, onde eu era lotada, em especial, a xenofobia era evidente e se manifestava como barreiras levantadas por colegas, que foram sistemáticas. Acredito que tenha sido a segunda ou terceira acadêmica que fez Doutorado fora do Brasil.  Fiz o Doutorado em Filosofia (PhD ou Philosophy Dr) na University of Manchester na Inglaterra,  a terceira universidade do país que tem quase um milênio de academia. Foi lá que me tornei pesquisadora e foi lá também que as portas para uma extensa atividade internacional se abriram... 

Em meu departamento na UFPB, uma certa feita, ao ser analisado um processo de afastamento para eu participar de três eventos no exterior, em Portugal, na Alemanha e na Inglaterra - com todas as documentações comprobatórias - um colega disse em reunião departamental: - A professora deveria pedir afastamento sem vencimento!!! Naquele momento, sem a força interna e a experiência que eu tenho hoje, fui tomada de choro pelo absurdo e pequenez daquelas mentes. Mas eu reagi(!) afirmando que, então, o departamento deveria informar aos organizadores dos eventos sobre a decisão de eu não ir porque eu não faria isso... Bem no final foi aprovado e eu fui para o exterior porque o objetivo das mentes pequenas e invejosas foi atingido: desvalorizar meu sucesso e me desorganizar...  Fui, fiz o que tinha que fazer e ´venci´, ou melhor, sobrevivi às mazelas da vida causada por quem tem o coração encolhido, o ego muito grande, a mente pequena e está desconectad@ da sua alma, que é quem tem a sabedoria necessária para nos fazer compreender os sentimentos espúrios que nos atacam de tempos em tempos no mundo material.  

O fato é que  conheci uma face obscura da cultura brasileira quando se trata do sucesso alheio. Tem muiiiiita gente que não aguenta a própria inveja e a manifesta de jeitos horríveis para provocar, diminuir o outr@. Gente que precisa desvalorizar o que é ´verdadeiro, bom e útil´ para se sentir bem. Por isso, aqui vai minha reflexão sobre o Triplo Filtro de Sócrates, que espero vire uma campanha contra a pequenez humana e a mediocridade dos invejos@s...

Namastê
Windyz Ferreira, PhD (Oh... yes!) 

terça-feira, 21 de março de 2017

Dia Internacional da Síndrome de Down... Qual a função de um Dia Internacional?


Hoje – dia 21 de Março – é o Dia Internacional da [Pessoas com] Síndrome de Down.

Com certeza é um dia para parar e aprender, refletir sobre nossas concepções, crenças e posições acerca desta população e, principalmente nos conscientizar sobre as potencialidades e realizações das pessoas com Síndrome de Down. Aqui vou, então, fazer isso...

Para aprender...

  • Quando e por quem a Síndrome de Down foi descrita?

A SD foi descrita em 1866 por John Langdon Down. Esta alteração genética afeta o desenvolvimento do indivíduo determinando algumas características físicas e cognitivas comuns a tod@s que nascem com esta alteração genética

  • Você sabe porque o dia de celebração deste grupo social é 21 de março?

21/03 foi a data escolhida para esta celebração e momento de conscientização sobre esta condição genética porque representa a TRIssomia do par de cromossomos 21, que caracteriza a Síndrome de Down.

  • Você sabe o que significa síndrome?

Etmologicamente a palavra síndrome vem do grego "syndromé", cujo significado é "reunião", ou seja, significa um conjunto de sinais e sintomas que definem uma determinada patologia ou condição. É, por isso, um termo muito usado em psicologia, Medicina ou até mesmo situações sociais, como em síndrome da violência urbana. Para o campo da medicina uma síndrome não deve ser classificada como uma doença. Ou seja, uma pessoa com Síndrome de Down não tem uma doença, mas possui um conjunto de sinais e sintomas comuns a tod@s que nascem com a trissomia.

  • Você conhece os sinais e sintomas da Síndrome de Down?

Algumas das características mais comuns das pessoas com Síndrome de Down e já visíveis desde o nascimento por ser consequência de uma alteração genética são:

  • Olhos amendoados
  •  Cavidade Oral Pequena: a boca das crianças com SD é relativamente pequena e há uma tendência para um baixo tônus muscular que provoca o aumento da língua e afeta a articulação da fala.
  • Hipotonia Muscular: ou pouca força muscular, o que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor da criança.
  • Maior propensão ao desenvolvimento de algumas doenças: por exemplo problemas cardíacos.
  • Cabeça Pequena: as crianças com SD tendem a apresentar o pescoço curto e mais largo, mãos e pés pequenos com um formato mais quadrangular e baixa estatura.
  • Tendência de ganhar peso, condição que pode ser bem resolvida com uma alimentação apropriada e balanceada associada à atividade física
  • Deficiência Intelectual que não impede a escolarização e aprendizagem, embora possa ser mais lenta e necessitar de apoio extra





É importante saber que... embora as pessoas com SD pareçam irmãs e irmãos porque são muito parecid@s, nem todas apresentam as mesmas características, nem os mesmos traços físicos, tampouco as mesmas malformações. A única característica comum a todas as pessoas é o déficit intelectual, mas mesmo assim, sua capacidade de aprender – assim como para qualquer pessoa sem deficiência – é distinta de seus pares.

Não existem graus de SD e a variação das características e personalidades entre uma pessoa e outra é a mesma que existe entre as pessoas que não tem SD. Cerca de 50% das crianças com SD apresentam problemas cardíacos, e alguns necessitam de cirurgia nos primeiros anos de vida.

Nossas concepções, crenças e posições

Acreditamos naquilo que o mundo e a cultura nos passam no tempo e espaço dentro do qual nascemos e vivemos. Quanto menos conhecimentos relevantes possuímos, mais acreditamos em crenças erradas, infundadas. Quanto mais conhecimento temos sobre qualquer coisa, mais cautelos@s nos tornamos para aceitar o que ´está dito´: a verdade discutível.

- Quais são suas crenças? 
- Quais são as suas atitudes com relação às pessoas com SD e também às pessoas com deficiência em geral? 
- Você acha que porque el@s tem determinadas características não conseguem aprender, ensinar e se realizar ou ser forte o suficiente para enfrentar as barreiras criadas por um mundo desigual e excludente? 
- Você já conversou com pessoas com SD? Você sabia – e acredita – que jovens com SD chegam à universidade e se formam?

Pessoas com SD que alcançaram o sucesso

Durante séculos se acreditava que as pessoas com SD são incompetentes e incapazes de aprender porque são pessoas com deficiência intelectual. 

Hoje sabemos que isso não é verdade!

Algumas das minhas experiências ao longo de 36 anos de trabalho com pessoas com deficiência me ensinou que devemos ser sempre cautelosos e não aceitar o ´dito sem fundamento´, assumir o senso comum como a verdade absoluta! Conhecer a Mia e muitas outras pessoas com SD chacoalharam crenças que nem sabia que tinha... 

Conheci Mia Farrah, jovem Libanesa com SD no Encontro Internacional da Campanha Global pela Educação que aconteceu em São Paulo há alguns anos atrás. 120 participantes de organizações internacionais. Um evento cuja língua oficial era o inglês. 

Mia, ativista pela defesa dos direitos da Pessoa com Deficiência foi como delegada... Eu era apenas ouvinte convidada!

Estávamos na mesma mesa, Mia estava com sua mãe com quem falava inglês e eu – um pouco mais distante podia compreender. Mas, em um dado momento ela falava outra língua fluentemente e eu fiquei curiosa. No intervalo fui conversar com elas e perguntei sobre a língua que estavam usando ao que Mia respondeu: eu falo inglês, árabe e francês!!!

Como pesquisadora questiono: - Quantas pessoas no mundo falam três línguas fluentemente? Como pode uma pessoa com SD aprender três línguas? Eu acreditaria nesta ´história´ se alguém a tivesse me contado há 20 anos atrás? Será que há 20 anos atrás a Mia teria tido a oportunidade de aprender três línguas?!

               

 Leia artigo sobre a Mia clicando aqui: MIA FARRAH


Madeline Stuart

A história de Madeline Stuart, uma jovem australiana com SD é modelo de marcas famosas... Seu sucesso nas passarelas e sua beleza nos obrigam a rever bossas concepções limitadas e errôneas sobre as pessoas com SD.

Madeline é uma ativista poderosa em prol da inclusão e diversidade no mundo da moda.
Disponível em Madeline



Novamente como pesquisadora não resisto aos questionamentos: 

- Como Madeline pode ser uma arraso nas passarelas se as pessoas com SD não descritas como acima por suas características físicas? 
- O que aconteceu diferente na vida de Madeline para ela chegar onde chegou? 
- Como foram suas experiências de inclusão, oportunidades e participação? 
- Quantas moças querem ser modelos e não conseguem porque são incompetentes?



Los Perejiles argentinos

Seis rapazes argentinos com SD decidiram virar a mesa e começaram um negócio próprio depois de tentarem sem conseguir espaço no mercado de trabalho. Com isso, nascia um serviço de eventos que prepara pizzas e empanadas a domicílio em Buenos Aires e cidades próximas: o Los Perejilles

Apenas dois meses após lançarem a empresa, eles já tinham 24 eventos marcados. Grande parte da realização deste sonho foi possível graças a ajuda de dois profissionais que trabalham com pessoas com síndrome de Down, os professores voluntários Telam Lopez e Kevin Degirmenci. Os dois professores ajudaram os jovens a adquirir a confiança necessária para montar o empreendimento, que hoje é sucesso por onde passa.


As crianças, os jovens e os adultos com síndrome de Down podem ter algumas características semelhantes e estar sujeitos a uma maior incidência de doenças, mas apresentam personalidades e características diferentes e únicas.”


Aqui no Brasil, há exemplos maravilhosos de sucesso que eu conheci pessoalmente: por exemplo, a professora de educação infantil e escritora Débora Seabra de Natal/RN. Clique em Débora

Alguns mais conhecidos e outros menos, mas todo@s são igualmente bem sucedidos: o Thiago que é arrimo de família, a Bianca que está na universidade, a Marina que está se formando em fotografia, a Mariana que dá palestras, etc.

São, com certeza, muit@s pessoas com SD que conseguiram vencer ou romper barreiras impostas ao seu desenvolvimento. São também muitas famílias e, em especial, mães que abdicaram (ou não) de suas vidas para lutar e apoiar seus filh@s com SD (ou outras deficiências).

E, qual é a função de um dia internacional ???

É exatamente criar espaços sociais, políticos, de mídia, etc. para abordar questões relevantes acerca de grupos sociais ou temas que foram mantidos às margens dos debates.

É por isso que hoje estou aqui escrevendo sobre as pessoas com SD e seu dia internacional...

Por todas estas histórias de vida maravilhosas de alguns jovens com SD, hoje é um dia que ainda existe e merece ser celebrado no planeta... até o dia em que nascer com Síndrome de Down – ou qualquer outra condição humana, não será mais uma ´razão´ para ser excluíd@ ou viver isolado (não ter amig@s ou namorad@), para não ser aceito nas escolas ou sofrer experiências de discriminação e preconceito, para ser escondido ou violentado...

Por todas estas razões é hora e tempo de repensarmos nossas posições, sentimentos e crenças.

É hora de mudarmos e buscar aproximação e aprendizagens com as oportunidades que a vida nos oferece. Por isso, como dica (já lançada aqui no blog aos docentes comprometidos coma inclusão em ´Dicas sobre Inclusão´nesta pagina, ao lado direito), esta semana, aborde uma pessoa com Síndrome de Down e a conheça. Depois conte sua experiência de forma que ela se multiplique e beneficie outros seres.

Om Shanti!